A Secretaria de Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde estão criando um programa para enfrentar a hanseníase e, até 2030, erradicar os casos da doença no Distrito Federal. O projeto começou nesta segunda, 13, com o lançamento da Oficina para Elaboração de Enfrentamento à Hanseníase do DF de 2023 a 2030, durante evento no auditório da Opas, em Brasília.
Presente na solenidade, a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, ressaltou que “a importância da construção compartilhada (gestor, trabalhador e usuário) do Plano de Enfrentamento é para que condiga com as nossas necessidades e, de fato, resolva os problemas dos pacientes com a doença”.
Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, parabenizou a capital federal pelos esforços de acabar com a hanseníase na localidade. Ele lembrou que o Brasil é o segundo país do mundo com mais casos da doença, sendo passada apenas pela Índia. “É uma doença que traz preconceitos e por isso, é preciso que haja medidas para solucionar essa questão”, reforçou.
O coordenador da Área Técnica de Doenças Transmissíveis e Determinantes Ambientais da Saúde, da Opas, Miguel Aragón, destacou que há progressos mundialmente nas pesquisas so0bre Aids, câncer, mas em relação à hanseníase quase nada é feito a respeito.
O plano de enfrentamento contará com a colaboração de especialistas, da sociedade civil e de associações voltadas ao combate e à conscientização da doença. A oficina acontecerá até esta terça, 14. Os participantes devem levantar os principais pontos para o desenvolvimento do plano. Em seguida, será aberta minuta para consulta pública, que passará pelo Conselho de Saúde Distrital e por gestores da Secretaria de Saúde.
Espera-se que o projeto seja divulgado até o fim de 2022, para que ocorra o começo das ações no próximo ano. Os especialistas criarão metas parciais e gerais para acompanhamento a cada dois anos.
Segundo a Opas, a hanseníase está contemplada na agenda sanitária internacional e, como exemplo de compromisso globalmente assumido, a doença está inserida no 3º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Na capital federal, na série histórica entre 2016 a 2020, foram notificados 872 casos novos.
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