O Brasil planeja agregar valor a produtos exportados para a China, principalmente, àqueles vinculados à soja, minério de ferro e petróleo. As normas que estão sendo construídas nos planos bilaterais com o país asiático devem ajudar na abertura das relações e investimentos em segmentos como agricultura, saúde e comunicações, além de infraestrutura, comércio, educação e sustentabilidade.
O pronunciamento foi feio nesta segunda, 23, pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, referindo-se ao que foi debatido pouco antes, durante a 6ª Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) no Itamaraty.
“Desejamos agregar valor nas três commodities que mais vendemos aos chineses: soja e derivados, minério de ferro e petróleo. Também desejamos abertura para novos produtos. Hoje, discutimos a questão do trigo que será produzido na Bahia, no Ceará e em Roraima”, disse Mourão.
O vice-presidente também afirmou que o Brasil tentará se beneficiar de alguns fundos verdes criados pelos chineses. “Em 2021, foi criado por eles um fundo de apoio a ações de enfrentamento ao desmatamento da Amazônia. Estamos discutindo formas de termos acesso a esse fundo”.
Caminho traçado
Ele também ressaltou que os acordos que estão sendo elaborados indicam orientações que deverão ser mantidas pelo próximo governo, seja qual for eleito.
“O governo que assumir já terá o caminho traçado, com previsibilidade dos objetivos comuns”, disse detalhando que os planos têm, entre seus objetivos, a participação chinesa em projetos de infraestrutura previstos pelo Programa de Parcerias de Investimento (PPI), em especial visando a construção do corredor bioceânico que ligará o Brasil ao Pacífico a partir da fronteira com a cidade paraguaia de Porto Murtinho.
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