O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, afirmou nesta segunda, 17, que diante de um ambiente otimista, a empresa será privatizada até meados de agosto.
“Essa é a situação mais propícia”, disse Limp, em entrevista coletiva online sobre os resultados do primeiro trimestre, alegando que essa é a melhor chance de mercado, colidindo com as férias no Hemisfério Norte e antes do período eleitoral no Brasil.
Limp disse que espera a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), após o encontro desta quarta, 18, para dar continuidade à tramitação de capitalização da companhia. Assim que validado pelo tribunal, será necessário ainda finalizar a documentação do prospecto e realizar avaliação de auditoria independente.
A diretora Financeira e de Relações com Investidores, Elvira Presta, disse que é cedo ainda para falar de datas para o road show (apresentação de uma empresa e seus produtos para investidores).
Santo Antonio
Limp admitiu que a luta judicial perdida para credores pela Usina Santo Antonio, da qual a entidade participa por meio de sua subsidiária Furnas, poderá gerar impactos no processo de privatização. Se houver futuros problemas, segundo ele será necessário que haja negociações com os credores de Santo Antonio.
Localizada no Rio Madeira, em Porto Velho (RO), a Usina Santo Antonio tem potência instalada mínima de 3.568,3 megawatts (MW). Limp afirmou que o débito da usina chega a R$ 18 bilhões.
Se a Eletrobras tomar a direção da empresa, a dívida será acrescida à da holding do setor elétrico.
A dívida líquida recorrente da Eletrobras chegou a R$ 20,554 bilhões no final de março de 2022, mostrando estabilidade em comparativo com o mesmo período do ano passado. Limp destacou que isso é resultado de uma disciplina financeira iniciada em 2016.
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