Uma apuração sobre as circunstâncias do tiroteio no fim de semana em um supermercado no oeste de Nova York será retornada nesta segunda, 16, para saber se as autoridades não perceberam sinais indicadores e bandeiras vermelhas deixados pelo atirador adolescente antes de sua matança de cunho racista.
Autoridades disseram que Payton Gendron, de 18 anos, promoveu uma ação de “extrema violência com motivação racial” quando abriu fogo com um rifle semiautomático no último sábado, 14, no Tops Friendly Market em Buffalo, onde 11 dos 13 mortos eram negros.
“Este é um crime de ódio absolutamente racista que será processado como crime de ódio”, afirmou o comissário de polícia de Buffalo, Joseph Gramaglia, a repórteres no domingo, 15.
As autoridades também se concentrarão no que poderia ter sido feito para detê-lo, à medida que aparecem detalhes do comportamento preocupante do adolescente no ensino médio e na sua atuação online.
O jovem ficou no radar da polícia local em junho de 2021, quando a polícia o deteve depois que ele fez uma ameaça “generalizada” em sua escola, disse Gramaglia.
Após passar por uma análise psicológica na época, ele foi liberado depois de um dia e meio.
Um manifesto de 180 páginas publicado virtualmente e que pode ter sido de autoria de Gendron, delineava a Grande Teoria da Substituição, uma teoria de conspiração racista de que os brancos estavam sendo substituídos por minorias nos Estados Unidos e em outros lugares.
Outro documento online, que também pode ter sido feito por Gendron, esboça uma lista de ações para fazer o ataque, incluindo limpar a arma e testar a transmissão ao vivo que ele usaria para transmitir o crime nas mídias sociais.
Gendron se rendeu à polícia após o ataque.
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