Da madeira ao spray, dos impressos aos muros, do sertão aos grandes centros urbanos. Xilogravura e grafitti, linguagens artísticas tão distintas e plurais, estão unidas na exposição Xilograffiti, em cartaz no Sesc Consolação, na capital paulista. A exposição gratuita, que tem curadoria de Baixo Ribeiro, estará aberta à visitação até o dia 31 de julho.
“Mais do que linguagens artísticas, a xilo e o graffiti são ícones culturais que atraem artistas e públicos engajados na sua perpetuação. Apesar de aparentemente distantes por seus contextos de origem, ambos fazem parte de culturas que se conectam: de um lado a goiva sulca a madeira da matriz xilográfica, do outro lado o estilete corta a máscara de stencil; enquanto nas feiras populares surgem as bancas de cordel, nas feiras de gráficas independentes aparecem as banquinhas de zines; se na praça da matriz acontece o duelo de repentistas, na quebrada rola a batalha de slam”, disse o curador da mostra.
Os visitantes terão contato com obras de artistas e de coletivos como Derlon, Lira Nordestina, Atelier Piratininga e Lau Guimarães, que serão apresentadas em seis núcleos temáticos. Obras do artista J.Borges, tido como um dos grandes nomes da arte da xilogravura e que ganhou uma exposição especial em cartaz no Centro Cultural Fiesp também serão exibidas no Sesc Consolação.
A mostra ainda terá uma intervenção em seu prédio: uma pintura feita por Romildo Rocha. Também serão oferecidos cursos, oficinas e encontros com artistas.
Assim como suas linguagens artísticas, a exposição também será dinâmica. Isso significa que novas obras e trabalhos serão inclusos ao espaço expositivo até o término da mostra.
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