Um estudo divulgado no Nature indica que o consumo de pimenta da espécie Capsicum annuum diminui as chances de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A pesquisa busca, principalmente, auxiliar pessoas que têm síndrome metabólica a não terem problemas cardíacos.
Para alcançar os resultados foi realizado um levantamento de 327 estudos sobre o consumo dessa espécie de pimenta. Porém, somente 12 foram avaliados pelos pesquisadores, cinco deles realizados nos Estados Unidos, três na Coreia do Sul, dois no Japão, um na Austrália e um na China, todos com duração de quatro a 12 semanas.
Os estudos utilizaram a pimenta em cápsula, pó, suco ou pasta como suplementação à dieta de adultos maiores de 18 anos. Entre as pesquisas, 10 foram feitas com participantes com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 25, nível considerado sobrepeso. Para avaliar a eficiência da pimenta, os estudiosos compararam os efeitos sobre os problemas da síndrome metabólica da suplementação com o alimento e com placebo.
Foi mostrado que a suplementação com Capsicum annuum reduziu os níveis de colesterol expressivamente e favoreceu a uma leve perda de peso. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a redução do colesterol é uma ação preventiva à doença cardíaca. Além disso, o estudo aponta que consumir antioxidantes também diminui o risco da doença.
A Capsicum annuum é uma espécie com pimentas picantes e doces, também conhecidas como pimenta vermelha ou malagueta e pimentão. Elas possuem capsaicina, componente com ação quimiopreventiva, antioxidante, anti-inflamatória, hipolipemiantes, termogênica e redutora de peso.
Apesar das descobertas, a pesquisa também chegou à conclusão de que é preciso realizar ensaios clínicos maiores para apurar e comprovar a eficácia e segurança desse tipo de pimenta como suplemento dietético no tratamento da síndrome metabólica.
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