De volta às atividades desde terça, 19, com suporte da Secretaria de Turismo (Setur), o Clube do Choro de Brasília fará apresentações até este domingo, 24, com a rica programação do 2º Encontro Internacional de Choro (Eicho). Além dos concertos, as oficinas também atraem muitos espectadores. A primeira edição do Eicho foi em 2019, porém diante da pandemia da Covid-19 as atividades foram suspensas. A proposta é apresentar o encontro anualmente, a exemplo dos cursos e temporadas de verão ofertados pela Escola de Choro Raphael Rabello. As atividades incentivam a prática musical, promovendo conexões entre pesquisadores, professores e produtores da música popular e instrumental brasileiros e de outros países.
Nesta edição, uma das atrações do Eicho é a mesa-redonda sobre o tema O choro pelo mundo, que terá a participação da pianista Maria Inês Guimarães, diretora artística do Clube do Choro de Paris, e os músicos Henrique Neto, do Clube do Choro de Brasília; Marijn van der Linden, da EPM de Roterdã (Holanda); Giovanni Guaccero (de Roma, Itália), Barbara Piperno e Marco Ruviaro (Bologna, Itália) e Étienne Clément (Viena, Áustria).
Tradição
Com 30 anos de fundação, o Clube do Choro é um dos principais símbolos culturais de Brasília. O local promove a obra de grandes compositores nacionais, como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e Villa-Lobos, também investe na formação de instrumentistas e criadores musicais, por meio da Escola de Choro Raphael Rabello, e estuda novas experiências de estilo, como a inclusão de samba, bossa nova, jazz e música pop no repertório apresentado.
“O papel da música do Clube do Choro e da Escola de Choro Raphael Rabello, primeira do gênero no Brasil, é trazer à tona a importância da nossa cultura e formar uma nova geração de músicos,” define o instrumentista Henrique Lima Santos Filho, mais conhecido como Reco do Bandolim.
Em 2008, o Clube de Choro foi tombado Patrimônio Imaterial de Brasília, ressaltando o papel cultural do chorinho e destacando a obra de artistas como Hamilton de Holanda e Gabriel Grossi, hoje referências em nível internacional da música brasileira.
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