Segundo o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos, o órgão está pronto para intensificar os juros mais do que o esperado se o valor da inflação for maior ou mais persistente que o previsto. Viajando pelos Estados Unidos, Campos reiterou que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve aumentar a taxa Selic para 12,75% ao ano na próxima reunião, no próximo mês, porém deu a entender que há a possibilidade de haver ajustes adicionais.
Com a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) no maior nível desde 1994, Campos Neto repetiu afirmações atuais de que o BC está aberto a reconsiderar o quadro de política monetária. Primeiramente, estava previsto que o Copom elevaria os juros dos atuais 11,75% ao ano para 12,75% em maio.
Guerra
Campos Neto disse que o conflito na Ucrânia pode intensificar as pressões sobre a inflação no mundo. Ele afirma que os preços estão suscetíveis a serem atingidos, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento.
Campos alega que a guerra pode prorrogar a transição para uma economia verde, já que muitos países optam pelo uso de combustíveis fósseis no curto prazo para suprir a falta do gás natural russo e a falta de produtos dependentes do petróleo, como fertilizantes.
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