Cientistas da Universidade de Brasília (UnB) criaram um tipo de máscara de proteção que desativa a ação do Covid-19. Financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF), com fundos geridos pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), corporações vinculadas ao Governo do Distrito Federal (GDF), o equipamento genuinamente brasiliense traz um diferencial.
Entre as quatro camadas de tecido TNT na sua composição, há uma aplicação de nanotecnologia de quitosana. A barreira envolve e quebra a membrana do vírus, inativando a contaminação. Por ser minúscula como ele, os poros impedem a passagem do micro-organismo causador da doença.
Chamada Vesta, a máscara, no modelo PFF2, que recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tem capacidade de extrair e inativar vírus, bactérias e fungos.
Além disso, o seu tecido é feito por um tipo de tecnologia que exerce atração eletrostática no vírus, que é puxado pela superfície por interpretar que está se aproximando de vias aéreas humanas. Assim, a pessoa contaminada que estiver usando a Vesta corretamente não vai infectar ninguém, pois o vírus será eliminado.
Eficácia
A pesquisa esteve em vigor por 2 anos e teve R$ 76.825 financiados pelo GDF, por meio da FAP-DF. A fundação tem a função social de prestar suporte aos estudos acadêmicos do DF e do Entorno voltados à tecnologia e à inovação.
Os pesquisadores também analisam a utilização desse material nos vírus transmissores do sarampo e da gripe
Testes no Hran
Os profissionais do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) foram os primeiros a testarem a Vesta, que teve sua produção e venda nacional liberadas no início do próximo semestre.
O trabalho de pesquisa da UnB, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (PB) e coordenado pelo professor Rodrigo Carregaro, ainda está sendo realizado. O grupo de 18 pesquisadores está fazendo testes de aperfeiçoamento para avaliar o impacto do material nos vírus transmissores do sarampo e da gripe.
Agricultura familiar
A confecção da nova máscara refletirá na cadeia produtiva da agricultura familiar. Como um dos elementos que integram o produto é a quitosana, os pesquisadores usaram somente insumos desenvolvidos na agricultura familiar. Os produtores terão uma renda adicional na comercialização de um item que é normalmente descartado.
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