Dólar fecha em R$4,60 com terceira baixa seguida e menor valor desde 2020

A movimentação dos fluxos externos atraídos por juros altos e pela valorização das commodities impulsionaram o dólar a cair pela terceira vez consecutiva e fechar no menor nível em mais de dois anos. A bolsa de valores teve um dia mais tenso, com a indecisão sobre o comando da Petrobras, e apresentou queda mínima.

O dólar comercial fechou esta segunda, 4, vendido a R$ 4,608, com recuo de R$ 0,059 (-1,27%).

A moeda norte-americana se encontra no menor valor comercial desde 4 de março de 2020, uma semana antes de a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar a crise sanitária mundial, quando tinha fechado a R$ 4,58. Somente nos dois primeiros dias úteis de abril, o dólar caiu 3,2%. Neste ano, a divisa já soma baixa de 17,36%.

O cenário positivo no mercado de câmbio não se repetiu no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, encerrou aos 121.279 pontos, com baixa de 0,24%. A queda no indicador aconteceu devido à situação da Petrobras e por ações de bancos, que caíram nesta segunda, 4.

De acordo com diversos jornais e agências de notícias, o economista Adriano Pires, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para dirigir a companhia, teria desistido de aceitar o cargo por causa de conflitos de interesse entre a estatal e empresas beneficiadas por sua consultoria. A desistência foi oficialmente confirmada pouco antes das 20h. As ações da empresa diminuíram 0,85% (ações ordinárias) e 0,94% (ações preferenciais).

Em relação ao dólar, a moeda norte-americana continua caindo por dois fatores. O primeiro é a alta nos juros no Brasil, que chama a atenção de fluxos de capital para países emergentes. O segundo é a valorização das commodities provocada pela guerra na Ucrânia, que está trazendo mais divisas para países exportadores de matérias-primas, como o Brasil.

* Com informações da Reuters
FONTE: EBC

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