Os cuidados com os dentes são extremamente importantes para a saúde da população. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cárie é a segunda doença mais comum do mundo. Além disso, uma infecção odontogênica pode causar problemas sérios para um paciente com a saúde debilitada. Até por isso, existe um dia específico no ano para ressaltar a necessidade da regularidade do acompanhamento odontológico. É o Dia Mundial da Saúde Bucal, comemorado em 20 de março.
A rede pública do DF conta hoje com 554 cirurgiões-dentistas e 580 técnicos em higiene dental no quadro para atendimento gratuito, e segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal no ano passado, 275 mil atendimentos odontológicos na atenção primária. O número é melhor do que 2020.
Os atendimentos relativos à saúde bucal ocorrem nos três níveis de atenção da saúde pública. Mas a porta de entrada dos pacientes é pela atenção primária. Ou seja, por meio de consulta na unidade básica de saúde (UBS) mais próxima da residência do paciente. Nesse nível de atenção, são feitos atendimentos de emergência e urgência odontológicas, raspagem e profilaxia dental, restauração, extração de dentes permanentes e decíduos (“de leite”) e prótese dentária.
Nas UBSs, os pacientes podem ser atendidos por agendamento ou por demanda espontânea. Cada unidade tem, em média, três equipes de saúde bucal. Na UBS 2 do Recanto das Emas, os dentistas costumam ter até cinco pacientes agendados por dia. No entanto, o número tem sido maior na retomada. Em apenas uma manhã, a unidade já havia atendido 12 pessoas.
Atenção secundária e terciária
O segundo nível de atenção ocorre nos centros de especialidades odontológicas (CEOs), quando os pacientes são encaminhados pelas UBSs. São oito especialidades: periodontia (tratamento de gengivas), endodontia (tratamento de canal), cirurgia oral menor (como as remoções do freio labial e do freio lingual), estomatologia (tratamento de enfermidades relacionadas à boca), disfunção temporomandibular (DTM), odontopediatria, prótese dentária e atendimento específico para pessoas com deficiência (PCD).
Ao todo são 14 unidades, distribuídas nos hospitais de Santa Maria, Guará, Taguatinga, Sobradinho, Planaltina, Ceilândia, Leste, Gama, HUB, Hmib e Hran, além da Unidade Mista de Saúde de Taguatinga, UBS 11 de Ceilândia e na 712 Sul. “O paciente chega à atenção secundária após o atendimento da equipe de referência da UBS, que o insere no sistema de regulação, sempre por meio da UBS mais próxima da casa do paciente”, explica Alessandra Fernandes.
O nível terciário faz atendimentos ligados aos traumas e lesões de face e boca, tumores e cirurgia ortognática. Além disso, os dentistas estão presentes em todas as UTIs, em cumprimento a uma lei distrital, e a população conta com prontos-socorros odontológicos localizados no Hospital de Base, que atende apenas traumas de face; no Hran, 24 horas; no HRT, com funcionamento aos sábados e domingos, das 7h às 19h e no HRG, de segunda a sexta, das 19h à 1h e sábados e domingos das 7h às 19h.
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