Comer feijão pode diminuir chances de desenvolver câncer e doenças degenerativas

O feijão faz falta no prato dos brasileiros e integra o popular prato regional experimentado por turistas: a feijoada. Com sabor delicioso e variedade de combinações possíveis no preparo, o feijão ainda é muito bem visto por especialistas da saúde. No relatório do Sistema Vigitel do Ministério da Saúde, o feijão aparece na lista de fatores de proteção contra câncer e outras doenças crônicas. Já o Guia Alimentar para a População Brasileira (BRASIL, 2005) sugere a ingestão de, pelo menos, uma porção diária de feijão ou outra leguminosa, como ervilha seca, lentilha e soja. A boa reputação é relacionada a enorme quantidade de nutrientes que o alimento possui, resultando em benefícios para a dieta e para o corpo todo.

Fonte de proteínas
As proteínas vegetais que o feijão fornece são formadas por aminoácidos chamados lisinas. “Como o corpo humano não consegue produzir esse tipo de proteína sozinho, é preciso incluir o feijão e outros alimentos na dieta que forneçam esse nutriente”, afirma a nutricionista Juliana Menezes, de São Paulo.

Porém, a nutróloga e reumatologista Sylvana Braga, de São Paulo, ressalta que o feijão não deve ser a única fonte de proteínas da dieta. “As melhores fontes do nutriente são carnes em geral e laticínios”, afirma.

Ajuda a prevenir cáries
O casamento de arroz e feijão proporciona uma dose diária de flúor que pode ajudar no controle de cáries nos dentes, segundo um estudo da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp (SP). Os pesquisadores acreditam que esses alimentos absorvem o flúor presente na água tratada que costumamos utilizar para o preparo. Esse mineral fica concentrado na saliva de quem consome o arroz e o feijão, aumentando a proteção dos dentes.

Controle do peso
Consumir feijão em uma dieta balanceada também pode ajudar no emagrecimento. É preciso moderação no consumo, já que o alimento é rico em carboidratos e pode engordar. Mas, o feijão leva vantagem por ter boas quantidades de fibras: 6,4 gramas na mesma porção. “Depois de ingeridas, essas fibras formam um gel e permanecem mais tempo no estômago, aumentando a sensação de saciedade”, explica Juliana Menezes.

Contra o intestino preso
As fibras são famosas por aumentarem o volume das fezes, dando um empurrãozinho para o intestino funcionar melhor. A nutricionista Juliana ainda alerta sobre mais um benefício: as fibras solúveis presentes no feijão servem de base para a formação de substâncias chamadas ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). “Eles fornecem energia para que as células do intestino desempenhem bem as suas funções”, afirma

Diabetes
Esta é mais uma vantagem das fibras do feijão: fazer com que a glicose presente nos alimentos seja absorvida aos poucos. “Assim, não há picos de hiperglicemia e o paciente de diabetes consegue manter a glicemia estável por mais tempo”, explica Juliana Menezes.

Previne câncer e doenças degenerativas
“O feijão é fonte de compostos fenólicos, substâncias antioxidantes que ajudam a diminuir as chances de alguns tipos de câncer, doenças degenerativas e problemas cardiovasculares”, afirma a nutricionista Mariana Exel, do Hospital Samaritano de São Paulo. Ela também conta que as fibras do feijão ajudam a combater a obesidade e controlar as taxas de colesterol e de glicemia do sangue.

Fonte de minerais
Por ser rico em ferro, o feijão é uma das principais armas do combate à anemia ferropriva, que é a diminuição do número de células vermelhas (hemoglobina) do sangue causada pela falta do mineral. O grão também contém boas quantidades de zinco e magnésio. O primeiro é importante para inúmeras reações químicas que ocorrem no organismo e a sua falta pode causar desde problemas de memória e até convulsões. “Já o magnésio é fundamental para a saúde dos ossos, músculos, cérebro e sistema nervoso”, conta a nutricionista do Hospital Samaritano.

Entre as vitaminas presentes no feijão, há destaque para o folato, também chamado de ácido fólico e vitamina B9. “Esse nutriente é muito importante durante a gestação para evitar deformidades no feto”, afirma Mariana Exel. Segundo a nutricionista, a falta dessa vitamina pode causar alterações de humor e até anemia, com sintomas parecidos ao da anemia ferropriva, como cansaço e fraqueza.

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