As tropas da Rússia bombardearam nesta quinta, 3, a maior central nuclear da Europa, no sul da Ucrânia, causando um incêndio e “ameaça real de perigo nuclear”, informaram as autoridades ucranianas.
A central nuclear de Zaporizhzhia, na cidade de Enerhodar, é responsável pela produção de um quarto da energia da Ucrânia.
O administrador de Enerhodar disse que os ataques eram uma “ameaça à segurança global”.
O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal juntamente com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, solicitaram que o Ocidente feche os céus sobre as centrais nucleares do país.
Shmyhal revelou que o pedido foi feito à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e à Agência Internacional de Energia Atômica, o órgão de vigilância das Nações Unidas.
Os Estados Unidos e a Otan não levaram em conta a criação de zona de exclusão aérea na Ucrânia, pois a ação colocaria diretamente os militares russos e ocidentais em confronto.
Os russos têm lançados mísseis e promovido ataques de artilharia em áreas civis e conquistando áreas expressivas no sul da Ucrânia, como parte da tentativa de acabar a ligação do país com o mar Negro e Azov.
O corte do acesso da Ucrânia ao litoral seria um rude golpe para a economia do país e permitiria à Rússia construir um corredor terrestre que iria até a fronteira com a Crimeia, anexada por Moscou desde 2014, seguindo depois para Oeste até a Romênia.
Seja o primeiro a comentar