Falta de vitamina D pode causar contaminação por Covid-19 mais facilmente

Desde o início da pandemia em 2020, diversos especialistas têm ressaltado a importância da vitamina D e sua influência no combate ao Covid-19. A vitamina D exerce função imunitária no organismo.

Um estudo concluiu que a deficiência nos níveis de vitamina D pode aumentar o risco de contrair o coronavírus. A pesquisa foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Medicina de Chicago e publicado pelo periódico científico JAMA Network Open.

Um total de 489 pacientes tiveram seus níveis de vitamina D analisados juntamente ao teste PCR-RT (exame que identifica o vírus e confirma a Covid-19). Os resultados apontaram que as pessoas que tivessem níveis baixos da vitamina estavam sujeitas a um risco 1,77 vezes maior de testar positivo para a doença em relação àqueles que tinham níveis suficientes da vitamina.

Para comprovar seus achados, David Meltzer, chefe de Medicina Hospitalar da Universidade de Chicago e autor principal do estudo, e a equipe afirmaram no artigo que é necessário realizar estudos experimentais para indicar se a suplementação de vitamina D pode reduzir o risco e a gravidade da COVID-19.

Vitamina D e transmissão de COVID-19
No artigo do estudo, os pesquisadores levantaram a hipótese de que, se a vitamina D tem potencial para reduzir a incidência do novo coronavírus, talvez ela possa também ajudar a diminuir a transmissão do vírus.

“A vitamina D afeta o metabolismo do zinco, reduzindo a replicação do coronavírus.”, diz a pesquisa.

Além disso, o artigo ainda explica que a vitamina D modula a função imunológica por meio de efeitos nas células dendríticas e nas células T, que podem promover a eliminação do vírus e amenizar as respostas inflamatórias que produzem os sintomas.

Limitações do estudo
Em contrapartida, os estudiosos afirma que se a vitamina D reduz a inflamação, ela pode aumentar a transmissão assintomática e diminuir as manifestações clínicas, incluindo a tosse, tornando difícil prever seu efeito na disseminação do vírus.

Como foi feito o estudo
No estudo, 4314 pacientes testados para COVID-19 durante o período do estudo, 499 tiveram um nível de vitamina D medido no ano anterior ao teste, e 489 foram integrados à amostra analítica. A pesquisa também considerou fatores como idade, gênero, raça e etnia.

Desse total, 172 pacientes (35%) tinham deficiência de vitamina D, enquanto 317 não tinham.

Dos 71 participantes que testaram positivo para a doença, 32 pessoas apresentaram deficiência de vitamina D e 39 não.

Isso significa que, entre o grupo com deficiência da vitamina D, 18,6% tinham COVID-19, contra 12,3% do grupo sem deficiência.

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