A abertura de pequenos negócios no país atingiu número recorde em 2021, de acordo com relatório publicado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). No ano passado, mais de 3,9 milhões de empreendedores formalizaram micro e pequenas empresas ou se registraram como microempreendedores individuais (MEIs).
A taxa indica um crescimento de 19,8% em comparativo com o ano anterior, quando foram abertos 3,3 milhões de negócios.
O Sebrae alega que a pandemia forçou muitos cidadãos a irem para a área do empreendedorismo por sobrevivência e por isso, incitou a busca desse meio de vida. Segundo o órgão, o crescimento nesse ramo continuará se intensificando.
Em 2020, o relatório Monitor do Empreendedorismo Global (Global Entrepreneurship Monitor, em inglês) previu que 50 milhões de brasileiros pretendiam abrir seu próprio negócio nos próximos três anos. Desse total, um terço encontrou na pandemia um gatilho, mas dois terços têm tendência “natural” para empreender. O relatório foi elaborado pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ).
Microempreendedores
O Sebrae liga o aumento da abertura de empresas à diminuição da burocracia, proporcionada pela Lei de Liberdade Econômica, de 2019, pela integração das juntas comerciais e por investimentos no registro eletrônico simplificado de novas empresas. A figura jurídica do microempreendedor individual (MEI), que respondeu por 3,1 milhões de negócios abertos no ano passado, 80% do total, ganhou destaque.
Em 2021, foram abertas 682,7 mil microempresas (17,35% do total), que arrecadaram até R$ 360 mil por ano, recorde da série histórica para a área. Também foram criadas 121,9 mil empresas de pequeno porte (2,65% do total). A categoria conta com corporações que faturam de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões por ano.
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