O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou nesta terça, 15, a parceria com oito redes sociais para enfrentar a desinformação social acerca das eleições deste ano. A medida, que já vinha sendo anunciada e ocorreu em anos anteriores, foi firmada em cerimônia virtual.
Para 2022, a novidade foi a inclusão da Kwai, plataforma de compartilhamento de vídeos curtos.
Foram assinados memorandos de entendimento que listam ações, medidas e projetos para serem promovidos em conjunto pelo TSE e as plataformas, segundo as particularidades de cada rede social. Tais ações estarão em vigor até 31 de dezembro.
Uma das principais linhas de atuação é a retirada de conteúdos considerados prejudiciais ao processo eleitoral. Plataformas como TikTok, Facebook e Instagram anunciaram que seguirão com a exclusão de publicações nocivas. O Twitter, por sua vez, demonstrou postura mais cautelosa.
“Não podemos depender somente de decisões binárias de remoção e ou exclusão de conteúdo, pois sabemos que oferecer a pessoas o contexto adequado é também uma ferramenta eficaz e importante para combater a desinformação”, disse Daniele Kleiner Fontes, chefe de políticas públicas do Twitter.
Já o WhatsApp afirmou que prosseguirá com a suspensão de contas que violem as leis nacionais. “A eleição brasileira é a mais importante para o WhatsApp no mundo em 2022.”, disse o representante da plataforma mensagens instantâneas, Dario Durigan.
Desde o mês passado, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, tem feito duras críticas ao Telegram, um dos principais concorrentes do WhatsApp, por não possuir representação no Brasil nem se submeter às leis do país.
Marcelo Lacerda, diretor de relações governamentais do Google no Brasil, alegou que a corporação publicará um relatório de transparência de anúncios políticos, para que a população esteja ciente de como a propaganda foi desenvolvida.
Além disso, as plataformas também estarão focadas na expansão de informações oficiais sobre o pleito, que devem receber maior destaque das ferramentas, por meio de links, stickers, avisos e bots do próprio TSE.
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