Jejum prolongado traz grandes problemas ao funcionamento do metabolismo

Uma boa refeição é fonte não somente de nutrientes valiosos para o bom funcionamento do organismo, mas também de momentos de muito prazer. Porém, comer em excesso traz grandes riscos à saúde.

“Para se punir contra os excessos, muita gente acaba passando horas em jejum, atitude que afeta as habilidades motoras e cognitivas, além de não levar a um processo de emagrecimento saudável”, afirma a endocrinologista e nutróloga Ellen Simone Paiva.

Ter um jejum prolongado pode trazer mais problemas do que o de excesso de calorias.

1. Metabolismo
O jejum prolongado obriga o corpo a trabalhar de maneira lenta, diminuindo o ritmo de todas as funções com o objetivo de economizar energia. “Com essa queda na atividade metabólica, é possível engordar até comendo menos, pois o corpo entende que há necessidade de formar uma reserva energética”, afirma o fisiologista Raul Santos de Oliveira, membro do Centro de Estudos da Medicina da Atividade Física e do Esporte (CEMAFE).

A opção indicada por especialistas é cultivar uma dieta balanceada, com refeições a cada três horas, aliada à prática regular de exercícios físicos.

2. Cérebro
O sistema nervoso depende de glicose para funcionar, por isso, a hipoglicemia, diminuição do nível de glicose no sangue, afeta a capacidade de raciocínio e concentração, atrapalhando o rendimento das atividades diárias.

Nos demais casos, a falta de glicose causa diversos efeitos colaterais, como tontura, confusão mental e até mau hálito.

3. Células
Segundo a endocrinologista Ellen, para continuarem ativas durante o jejum, as células começam a buscar alternativas à glicose. Essa queima gera corpos chamados cetônicos, responsáveis por causar dor muscular, dificuldade de concentração e o mau hálito característico de quem fica muito tempo sem comer.

4. Hormônios
Quando há um jejum muito longo, seu corpo faz uso dos hormônios que já existem, mas logo fica carente dessas substâncias, afetando também a transmissão de mensagens pelo cérebro.

Os hormônios que mais são prejudicados pelos efeitos do jejum são os que regulam o ciclo menstrual da mulher e, em longo prazo, essa escassez pode levar até à suspensão da menstruação.

5. Humor
Diversos estudos já mostraram que alguns alimentos são capazes de diminuir os sintomas da depressão, da TPM e até da menopausa. Pessoas muito estressadas demonstram altos níveis do hormônio cortisol, responsável pela quebra de proteínas, processo especialmente requisitado quando o corpo já não consegue obter energia por meio de carboidratos.

6. Músculos
“Aos poucos, o organismo inicia o processo de queima das reservas musculares para produzir energia e há redução da massa magra do corpo, com diminuição da força muscular”, afirma a médica.

7. Coração
“O maior risco cardiológico no jejum prolongado são as alterações eletrolíticas no organismo. A baixa do potássio, que gera arritmia cardíaca, é a mais perigosa delas. Da mesma maneira, caem a pressão sanguínea e a frequência respiratória”, conclui Ellen Paiva.

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