O mal da vaca louca, nome popular da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), é uma enfermidade degenerativa fatal, crônica e transmissível que ocorre em cérebro de bovinos e bubalinos, gerando uma alteração de comportamento e posteriormente a morte em 100% dos casos.
Por ser uma doença de grande importância para a saúde animal, a saúde pública e o mercado internacional, ela ganhou mais destaque no Brasil quando dois casos atípicos foram registrados no início de setembro de 2021 em dois estados, impactando diretamente nas exportações de carne.
Atualmente, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) inspeciona uma amostra de gado todos os meses para realizar o monitoramento do surgimento da Encefalopatia Espongiforme Bovina.
O que causa o mal da vaca louca?
O mal da vaca louca não possui cura e tratamento, e pode se manifestar de duas formas. Em casos atípicos, a doença se manifesta espontaneamente em animais com idade mais avançada e não gera tanta preocupação, já que acontece de maneira isolada.
Já casos clássicos ocorrem por meio da ingestão de ração contaminada com príons, partículas de proteínas que possuem propriedades infectantes. Por isso, a alimentação de bovinos, caprinos, bubalinos e ovinos com produtos de origem animal é proibida. Uma vez ingerido, o animal armazena os príons em seu material genético.
Como a doença da vaca louca é transmitida para os seres humanos?
A transmissão e manifestação do mal da vaca louca em humanos está vinculada ao consumo de carne e subprodutos bovinos infectados com a doença da vaca louca, segundo Custodio Michailowsky Ribeiro, médico neurologista do Hospital Albert Sabin de São Paulo.
Consequentemente, a ingestão do alimento causa uma doença semelhante e igualmente letal, a nova variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ).
Como tratar o mal da vaca louca em humanos?
Conforme explana o neurologista Custodio Ribeiro, após o diagnóstico da doença, o paciente infectado tem um período de sobrevida, porém falece posteriormente por complicações da encefalite de Creutzfeldt-Jakob.
A doença é caracterizada por uma evolução rápida, asssim, os portadores da vDCJ precisam ser hospitalizados na maioria dos casos, para receber medidas de suporte para o controle dos sintomas e de complicações.
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