A globalização intensificou a rapidez com que fazemos nossas atividades diárias. O ser humano tende a ser imediatista e a acelerar os ritmos da vida. Seguindo exatamente esse conceito, o movimento Slow Food foi criado em 1986, na Itália, com a intenção de retomar o prazer de comer sem pressa.
Nos últimos anos, a onda do fast food ganhou força de maneira expressiva. Ninguém tinha tempo para elaborar, nem pensar em uma comida saudável, preparada com dedicação. Mas, com a pandemia do Covid-19, muitas pessoas começaram a olhar para a cozinha da própria casa e passaram a pensar na gastronomia de uma forma diferente.
O conceito do Slow Food é muito mais do que ter tempo para comer: trata-se da preocupação com uma cadeia de processos. Nesse contexto, muitos começaram a demonstrar mais preocupação com pequenos produtores, padarias locais e onde comprar o seu alimento.
A comida envolve muitas dimensões da vida, é um dos elementos principais que moldam nossa identidade e nossas relações com o mundo. Ela é conexão com o território e a natureza, é memória e afeto, história e patrimônio. Permeia todas as culturas e muitos rituais, além de definir relações econômicas, sociais e políticas.
Esta forma de viver transpõe questões nutricionais e fisiológicas, enfatiza, primeiramente, as percepções sensoriais e a importância do prazer à alimentação, ressaltando as regionalidades e os aspectos ecológicos e culturais.
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