Síndrome da pessoa rígida, uma doença autoimune rara e pouco conhecida

Um estudo multidisciplinar promovido pelos pesquisadores Gabriel Lopes, Cassio Hartmann, Fábio Vieira, Bensson Samuel e Sandra Hartmann, com o apoio da Logos University International (UNILOGOS) e publicado na revista científica Cognitionis, analisa uma doença rara e pouco conhecida: a síndrome da pessoa rígida (nome traduzido do inglês Stiff-Person Syndrome).

A Síndrome da Pessoa Rígida (SPR) é caracterizada pela rigidez dos músculos do tronco e das extremidades. Além disso, a pessoa acometida pela doença também tem episódios de espasmos dolorosos, prejudicando a sua musculatura axial e apendicular. Essa é uma doença neurológica autoimune rara, descrita pela primeira vez em 1956 pelos pesquisadores Moersch e Woltman.

O cientista e docente da UNILOGOS Gabriel Lopes explica que a o diagnóstico da doença ocorre por meio da identificação da presença do anticorpo anti-glutamic acid decarboxylase (Anti-GAD), que reduz a produção do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA) gerando mau funcionamento muscular.

Gabriel Lopes diz que a síndrome pode causar graves consequências ao paciente: “órgãos respiratórios como traquéia e laringe também são atingidos, dificultando o transporte de oxigênio até os pulmões, prejudicando a função do coração e provocando espasmos e engasgos durante a deglutição”, afirma.

A pesquisa dirigida pela Logos University International realizou um profundo estudo de caso de uma bailarina clássica acometida pela doença. Segundo o artigo científico, o primeiro sintoma sofrido pela bailarina foi um quadro de desequilíbrio acompanhado por alteração da sensibilidade nos membros quando ela ainda tinha 37 anos de idade.

Ao longo dos meses, seu quadro piorou e ela passou a apresentar fadiga crônica, déficit motor e também taquicardia. Embora estivesse tendo acompanhamento médico, no decorrer dos anos os sintomas evoluíram e as dores se intensificaram, surgindo também dormência e queimação em ambas as mãos e membros inferiores. Sua primeira crise aconteceu em 2003, mas somente em 2014 um neurologista confirmou o quadro da Síndrome da Pessoa Rígida.

Diante da progressão dos sintomas, a bailarina do caso analisado no artigo necessitou de cadeira de rodas para poder se locomover. Os cientistas notaram que se trata de uma doença pouco estudada, porém que tem consequências graves, mostrando a relevância de que sejam conduzidos mais estudos pela comunidade científica.

 

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