Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que é possível que o Talibã e seus aliados tenham matado dezenas de ex-autoridades afegãs, membros das forças de segurança e pessoas que trabalharam com o contingente militar internacional desde a retirada dirigida pelos Estados Unidos (EUA).
António Guterres, secretário-geral da ONU, é o autor do relatório para o Conselho de Segurança da organização que mostra quadro de piora das condições de vida para os 39 milhões de afegãos, embora tenha ocorrido o término do enfrentamento a tomada do poder pelo Talibã em agosto de 2021.
O relatório atualizado conta com uma série de alertas que Guterres realizou nos últimos meses sobre as crises humanitárias e econômicas que foram intensificadas após o Talibã tomar Cabul, já que as últimas tropas estrangeiras lideradas pelos EUA saíram e doadores internacionais não fornecem mais ajuda financeira crítica.
O secretário sugeriu que o conselho promova uma reestruturação da missão da entidade para lidar com a situação, incluindo a criação de nova unidade de monitoramento de direitos humanos.
A missão informou ter como relatos confiáveis denúncias que apontam que mais de 100 desses indivíduos foram mortos, mais de dois terços deles supostamente pelo Talibã ou seus afiliados, desde 15 de agosto.
Além disso, também existem denúncias de possíveis assassinatos extrajudiciais de pelo menos 50 pessoas suspeitas de fazerem parte da filial local do grupo militante Estado Islâmico, de acordo com o relatório.
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