A Rússia quer solucionar a crise instaurada contra a Ucrânia de maneira diplomática sem recurso à guerra, porém não permitirá que seus desejos não sejam atendidos, afirmou nesta sexta, 28, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.
A Ucrânia e os países ocidentais acusaram a Rússia de ter mandado pelo menos 100 mil soldados para a fronteira ucraniana nos últimos meses, buscando invadir novamente o território do país vizinho, após ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014.
A Rússia negou essa acusação e afirmou que se sente ameaçada pela expansão de 20 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ao Leste europeu e pelo apoio ocidental à Ucrânia.
Moscou exigiu que a política de expansão da Otan para a Ucrânia e a Geórgia seja finalizada, alem do fim de toda a cooperação militar ocidental com as antigas repúblicas soviéticas e a retirada das tropas e armas dos aliados para as posições anteriores a 1997.
Os Estados Unidos (EUA) e a Otan negaram formalmente, na quarta, 26, as principais exigências de Moscou, entretanto fizeram a proposta de seguirem a diplomacia para lidar com a situação.
Acerca da ameaça de novas imposições estadunidenses, incluindo a liderança russa e a desconexão do país dos sistemas financeiros internacionais, Lavrov alegou que seria passível de acabar com as relações.
Os presidentes russo, Vladimir Putin, e francês, Emmanuel Macron, debaterão ainda hoje, por via telefônica, sobre a crise ucraniana.
Macron deverá propor a Putin um caminho para amenizar o clima entre a Rússia e os países ocidentais.
A França exerce atualmente a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.
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