Um painel de segurança da agência reguladora europeia de saúde pediu nesta sexta, 14, para colocar uma rara inflamação vertebral, chamada mielite transversa, como um susposto efeito colateral da vacina da AstraZeneca contra o coronavírus.
O imunizante encontrou diversos empecilhos, incluindo atrasos na produção e apurações de reguladores depois casos raros de efeitos colaterais graves, como coágulos sanguíneos com níveis baixos de plaquetas, o que gerou proibição da vacina em vários países.
O comitê de segurança da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também reiterou a recomendação para que um alerta parecido seja incluído para a vacina de uma dose da Johnson & Johnson.
A mielite transversa é uma inflamação de um ou ambos os lados da medula espinhal e pode gerar fraquezas nos braços ou pernas, com sintomas sensoriais ou problemas nas funções urinárias e digestivas.
Após realizar a avaliação das informações, o conselho chegou à conclusão de que a relação causal entre as duas vacinas e a mielite transversa é, ao menos, uma possibilidade razoável. Porém, a relação risco-benefício das duas vacinas segue sem alterações.
A AstraZeneca não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters para comentar o assunto.
A agência regulatória não forneceu levantamentos acerca de quantos casos foram registrados após a vacinação, entretanto a mielite transversa agora é considerada uma reação adversa de frequência desconhecida às informações do imunizante.
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