As dúvidas acerca das diferenças entre alergia à proteína do leite de vaca (APLV) e intolerância à lactose são bastante comuns, já que nos dois casos o culpado pelo aparecimento dos sintomas é o mesmo alimento: o leite e seus derivados.
A alergologista Cristina Abud explica que a alergia é mais comum na infância, principalmente em crianças menores de três anos e está relacionada a uma resposta do sistema imune às proteínas do leite de vaca, que são analisadas pelo corpo como inimigas e estimulam a produção de anticorpos, causando reações alérgicas.
Já a intolerância é mais incidente em adultos e seus sintomas surgem por causa da deficiência da lactase, enzima que digere a lactose no organismo, provocando uma reação intestinal. “Não se classifica como um processo alérgico, pois não há mecanismos imunológicos envolvidos”, aponta a especialista.
Sintomas
Segundo Cristina Abud, a intolerância à lactose apenas manifesta sintomas gastrointestinais, como diarreia, distensão abdominal, náusea, enjoo e empachamento. Já a alergia além das manifestações gastrointestinais, também ocorre reações em outras partes do corpo, como os cutâneos, que incluem vermelhidão, coceira e inchaço; os respiratórios, como falta de ar, chiado, aperto no peito e coriza; e os cardiovasculares, que podem gerar queda de pressão arterial.
As manifestações alérgicas à proteína do leite de vaca podem surgir até 24 ou 48 horas depois do consumo do alimento, mesmo que a doença também conte com reações imediatas à ingestão.
Chances de cura
Uma pesquisa divulgada no European Journal of Pediatrics afirma que 50% das crianças deixam de ser alérgicas ao leite ainda no primeiro ano de vida, 70% por volta dos dois anos e 85% até os três anos de idade.
Cristina Abud alega que já no caso da intolerância à lactose, geralmente esse problema se perpetua para a vida inteira.
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