A desconfiança em relação à segurança da vacina da AstraZeneca/ Oxford aumentou neste domingo (14). A Irlanda se soma a outros quatro países que recomendam a suspensão por “precaução” do uso do imunizante contra o coronavírus, depois da divulgação, pela Noruega de quatro novos casos de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas. Na Itália, a região de Piemonte decidiu interromper provisoriamente o uso do produto após a morte de um professor vacinado no dia anterior.
Não há, até o momento, a comprovação de que a vacina seria a causadora nem do problema circulatório, nem do falecimento deste professor. “Esta é uma medida de extrema precaução, enquanto se comprova se existe algum vínculo de causalidade entre a vacinação e a morte”, explicou, em um comunicado, o conselheiro de Saúde da região piemontesa, Luigi Genesio Icardi.
A vítima, cuja idade não foi revelada, morreu neste domingo em Biella, ao norte de Turim. Na quinta ,11, a Itália já havia decidido proibir o uso de um lote de vacinas anticovid da AstraZeneca/Oxford pelo medo relacionado à formação de coágulos sanguíneos.
Inspetores do Ministério da Saúde italiano viajaram para Sicília neste domingo para investigar a morte de um soldado de 43 anos, em 9 de março, após receber uma injeção de uma dose da vacina da AstraZeneca. No sábado, foi realizada uma autópsia no hospital de Catania (leste de Sicília).
A Irlanda também anunciou a suspensão da vacina do consórcio, em nome do “princípio da precaução”. A decisão foi anunciada pelo médico-chefe Ronan Glyn, depois de a agência sanitária norueguesa informar sobre “quatro novos casos de coágulos sanguíneos em adultos” que receberam a vacina do laboratório anglo-sueco.
No total, sete países suspenderam total ou parcialmente o uso do produto. Além da Irlanda, Noruega, Islândia, Dinamarca e Bulgária suspenderam a utilização desta vacina, enquanto Itália e Áustria interromperam o uso de um ou mais lotes do imunizante.
A AstraZeneca afirma que o produto não gera “nenhum risco grave” de coagulação sanguínea. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também disse na sexta, 12, que “não há razão para não usar” esta vacina.
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