Residência oficial do vice-governador do DF poderá gastar até R$ 122 mil em ‘alimentos de primeira qualidade’

O Governo do Distrito Federal divulgou um edital de licitação para contratar uma empresa que deve fornecer “alimentos de primeira qualidade” para a residência oficial do vice-governador, Paco Britto, do Avante. A estimativa é gastar até R $ 122 mil pelo período de um ano, ou seja, R $ 10 mil por mês.

Uma lista inclui, entre outros itens, o fornecimento de 863 quilos de carne, 200 quilos de pão de queijo e 2,5 mil litros de refrigerante (veja mais abaixo). Paco Britto não mora na residência oficial, no Lago Sul. Porém, segundo o GDF, “a contratação é necessária para suprir a demanda de alimentos servidos nos compromissos oficiais inerentes ao exercício do cargo de vice-governador do DF”.
Acionado pela reportagem, o GDF informou que o valor é uma estimativa baseada no consumo de 2019, antes da pandemia de Covid-19. Naquele ano, a residência oficializada 635 pessoas em 66 reuniões oficiais.

A assessoria do vice não disse pessoas foram recebidas na residência oficial no ano passado, mas informou apenas que “houve várias reuniões presenciais”, em meio à pandemia. Ainda de acordo com o governo local, só serão pagos só os alimentos que principais consumidos.

Entre os itens
produzidos estão : 863 quilos de carnes, incluindo frango, peixe e linguiça;
135 quilos de presunto;
133 quilos de queijo;
2.700 ovos;
67 litros de azeite;
200 quilos de pão de queijo;
55 quilos de chocolate;
97 litros de sorvete.

De acordo com o documento, “é comum que o vice receba autoridades do Brasil e do exterior”. O edital diz ainda que “a residência oficial também é usada para reuniões do GDF, onde, em via de regra, são servidas refeições”.

Em 2019, o gasto da residência oficial do vice-governador com comida já havia sido alvo de polêmica. À época, o Executivo local abriu licitação para adquirir 223 tipos de alimentos, ao custo de R $ 147 mil.

Entre os itens, estavam outros de altos padrão:
1,5 tonelada de carne;
22 kg de queijo gorgonzola;
16 kg de queijo brie;
11 kg de cuscuz marroquino;
Nozes sem casca;
Damascos turcos;
Amêndoas de primeira qualidade.

Após a polêmica, o governador Ibaneis Rocha, do MDB, determinou o cancelamento do edital. Segundo o ato, a medida atendia “aos princípios do interesse público e da economicidade”.

 

FONTE: G1

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